quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia Nacional da Adoção [25 de Maio]
Não podemos esquecer essa data. Tantas são as crianças que ainda estão sem um lar.Precisamos nos importar. Precisamos lutar...botar a cara a tapa e decidirmos que realmente toda criança tem que ter um lar,uma família...e não ficar pro resto da vida em abrigos. Precisam de um lar. Muitas crianças chegam nos abrigos bebês e o tempo vai passando, vão crescendo e fincando pé no abrigo. Isso não pode continuar. Quando estive como Conselheira Tutelar  titular na cidade de Osasco, uma das minhas lutas e gritos foi justamente por esse motivo. Aqui a Vara da Infância age morosamente e quando decide, na maioria dos casos, é Adoção Internacional ,como se não tivesse famílias no Brasil que pudessem adotar.E ainda continua a mesma situação e um bando de gente sem fazer nada , mesmo vendo, sabendo e compactuando com tais atitudes. Não há a necessidade de segurar as crianças em abrigos. Tem famílias querendo seus filhos e isso deve ser visto de modo sério. Não é possível e não há de se admitir morosidades, burocracias emperrando o bom andamento para decisões com responsabilidade. Que possamos pensar e agir, com carinho e responsabilidade, pois isso é muito sério.


[Rosi Ribeiro]


Pergunto: Cadê a atitude??? Cadê  solução pra uma situação que é fácil???
Meu repúdio à morosidade.  À falta de atitude. À falta de luta. Não basta ficar sentado em escritórios fazendo atendimentos não.. é necessário ter  Atitude.
Gente! Acorda!
A luta tem que continuar...nunca desistir.


No dia 25 de maio é comemorado o dia da adoção, criado em 1996 no I Encontro Nacional de Associações e Grupos de Apoio à Adoção.
A adoção é uma realidade social que se concretiza através de ato jurídico, que “cria entre duas pessoas vínculo de parentesco semelhante à paternidade e filiação”.
Muitas pessoas que não puderam ter filhos encontram filhos que não possuem pais, que foram abandonados e recolhidos por orfanatos e outras instituições. Mas existem outros casos, como de pessoas que querem ajudar, cumprir seu papel social diante de uma sociedade injusta, que não oferece as mesmas oportunidades de vida para todos.
O processo de adoção não é fácil. As pessoas interessadas nas crianças ou adolescentes devem apresentar uma documentação sobre suas condições de vida, para garantir que a pessoa adotada terá conforto e segurança, que irá ser bem tratada e receberá dos pais adotivos amor, carinho e atenção.
Porém, existem vários mitos sobre a adoção, que muitas vezes prejudicam que pessoas se interessem em criar e educar uma criança ou jovem que não tenha laços consanguíneos.
- Dizer que toda criança adotada é problema é um erro. A criança aprende aquilo que vivencia e quanto mais nova for adotada, mais terá chances de se adaptar ao modelo familiar em que vive.
- Tentar esconder da criança que a mesma é adotada também é um erro, pois é melhor manter uma relação aberta e livre de qualquer tipo de preconceito.
- Crianças com cor de pele diferente da família não são discriminadas ou recebem tratamento diferente de outras pessoas da família. Isso pode ocorrer nos meios sociais em que a família frequenta.
- Filhos adotivos não têm dificuldade em amar seus pais (adotivos), pelo contrário, revelam-se atenciosos e carinhosos com os mesmos, mas isso depende da forma como são tratados.





- Os filhos adotivos não ficam lembrando-se de sua família de origem. Pelo contrário do que se imagina, se as relações familiares não eram boas, se houve abandono, o vínculo afetivo não foi construído de forma positiva, portanto não provoca boas lembranças.
Hoje em dia temos visto uma série de artistas famosos mantendo a atitude de adotar crianças, tentando cumprir seu papel social, numa demonstração de afeto e de entrega às crianças carentes. A grande revelação é o casal Brad Pitt e Angelina Jolie que já está no terceiro filho adotivo, mesmo podendo ter seus filhos consanguíneos, que também somam três. A cantora Madonna também é um exemplo disso, nos últimos anos também manteve a atitude de adotar, mesmo tendo tido dois filhos próprios.
Com a constituição de 1988, ficou determinado que “os filhos adotivos terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designação de discriminação relativa à filiação”, ou seja, filhos adotivos e consanguíneos terão os mesmos direitos.
Para inserir a criança ou adolescente em família substituta é necessário passar por algumas etapas: a guarda, onde coloca-se o sujeito a ser adotado na família, onde os pais devem ter a responsabilidade de prestar assistência material, moral e educacional; a tutela, feita através das entidades públicas, a fim de proteger a criança ou jovem, cuidando de seus interesses, acompanhando todos os atos da família com o mesmo e vice-versa; a adoção, formalizada em ato jurídico, onde forma-se um vínculo fictício de filiação, que mais tarde deverá tornar-se verdadeiro.
Num pequeno trecho do livro “Você não está só”, de George Dolan, o amor que nasce entre a família e o adotado fica bem caracterizado, na fala de crianças que conversam sobre adoção, após terem visto numa fotografia, um menino com os cabelos de cor diferente. Uma delas diz que a criança diferente pode ter sido adotada e, quando questionada por outra sobre o que é isso, responde: “- quer dizer que você cresce no coração da mãe, em vez de crescer na barriga.”
Assim, podemos dizer que a adoção é um ato de entrega e de amor!

texto de:
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola




Carla Penteado, 37 anos, e Marcelo Barreto, 43 anos, tem uma família muito especial. E essa família foi formada com muito carinho e dedicação.
Marcela, 8 anos, é a primeira filha que eles adotaram. Foi abandonada ainda bebê com paralisia cerebral e autismo. As funcionárias da instituição que Marcela estava, em Aracaju (SE), diziam que ela não reagia a nada e se espantaram quando ela chorou no colo de Carla, que estava fazendo um trabalho voluntário no lugar.
A mãe se encantou com a filha e ali mesmo começou a história dos três. Depois, o casal adotou outras três meninas que fogem do perfil comum: Luana, 3 anos, com síndrome de Down; Rafaela, 3 meses, hidrocefalia; e Nadine, 18 anos, por adoção tardia.
O acaso desse primeiro encontro com Marcela e o sucesso da adoção fez os dois perceberem que é possível e maravilhoso adotar crianças especiais, que muitas vezes vivem anos em abrigos por não encontrar pais dispostos a esse tipo de adoção.
E foi assim que eles criaram não só uma bela família, mas também uma ONG para apoiar e incentivar a adoção tardia ou de crianças com deficiência.
É a ATÉ (Adoção Tardia e Especial), que em quatro anos já direcionou 50 delas para adoção e tem em seu cadastro 60 pessoas prontas para adotar crianças com este perfil.
O Cadastro da ONG é muito mais específico que o Cadastro Nacional de Adoção. Ao invés dos pretendentes informarem apenas se aceitam doença tratável ou crônica, por exemplo, na ATÉ eles podem informar se querem a adoção de uma criança com diabetes, hepatite, Down, etc. E assim, tudo fica mais fácil para a criança e para os novos pais.
“Adoção é um ato de querer amar. Quando vi aquele bebê molinho, abracei, beijei. Era o meu filho que esperava por mim. Ele é muito feliz. E ri, ri muito de felicidade”, afirma a advogada Fabiana Campos, que deixou um bebê com síndrome de Down, que não carregou no ventre, invadir com todo amor do mundo sua vida.

Fonte: Folha de S. Paulo / Revista Pais e Filhos / Correio Braziliense / Mais Você



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