domingo, 27 de outubro de 2013


A escola do seu filho se preocupa em lavar as mãos das crianças direitinho?


Como a Ana disse em seu post, o Dia Mundial de Lavagem das Mãos é mais uma oportunidade para gente "acordar" para o benefício de um ato tão simples, que exige apenas água e sabão. 

Em casa, a gente consegue, na medida do possível, controlar se os filhos estão lavando a mão com a frequência necessária - e com capricho também, porque não basta passar a mão pela água corrente e pronto, né?

Mas e fora de casa, na escola, por exemplo? Como saber se seu filho está se cuidando e sendo cuidado lá também? Aliás, é um ambiente inclusive que é ainda mais propenso à transmissão de doenças, já que há mais crianças reunidas.

Bom, para esclarecer esse assunto, conversei com a minha amiga Monica Taminato, que é enfermeira de Controle de Infecção do Instituto das Crianças (Hospital das Clínicas). Ela sempre tem superdicas pra gente reduzir o risco de nossos pequenos pegarem algumas doenças, mas sem muita neura! 

Confira algumas dicas da Monica sobre o assunto:

- Verificar se há pias disponíveis para as crianças lavarem as mãos e que sejam na altura delas

- E, claro, de nada adianta a pia se não houver sabonete para as crianças, também  de fácil acesso

- Checar se há funcionários o suficiente para o número de alunos. Algo importante porque, assim, eles podem checar de perto se as crianças estão lavando a mão corretamente
- Esse é um fator importante também porque dessa maneira o funcionário tem tempo de lavar as próprias mãos, algo fundamental já que ele cuida de uma criança e, em seguida, prende o cabelo da outra, ajuda a assoar o nariz... entre outras atitudes que podem facilitar a transmissão de doenças.

- Outra dica é que usar a mesma toalha para diversos alunos não é boa ideia de jeito nenhum! 

- Rolos de toalha de pano não seriam má ideia se eles não fossem tão pesados. Crianças, ainda mais as pequenas, não conseguem virá-lo. 

Toalhas de papel são as mais indicadas para evitar a transmissão de doenças.

Alcool gel também pode ser usado quando não há sujeira na mão. Se tiver areia, por exemplo, o melhor é lavar mesmo com água e sabonete.

- A cada 3 ou 4 vezes usando o alcool gel, convém lavar a mão pra valer, na pia.

- Ver se há caixinhas de lenço, com acesso facilitado às crianças, para limpar o nariz

Como a Monica bem lembrou na conversa que tivemos, gripes, resfriados, conjuntivite, catapora (varicela) e diarréia são apenas algumas das doenças que podem ser evitadas com uma boa lavada nas mãos. 

E, para terminar, um último conselho dado pela Monica: a etiqueta da tosse. Isso mesmo! O nome é um pouco curioso, mas ele reúne ações importantíssimas, que evitam a transmissão de vírus e reforçam a proteção dada pela água e sabonete. 

A ideia é cobrir a tosse. Uma das maneiras de se fazer isso é cobrindo a boca e o nariz com um lenço quando for tossir (ou espirrar). Logo depois de jogar o lenço usado no lixo, é recomendável lavar a mão.
Mas, em um ambiente escolar, nem sempre isso é possível. As crianças ficam entretidas com suas brincadeiras e às vezes nem se lembrar do lenço na boca. 

Como alternativa, vale ensinar um "truque" aos pequenos: na hora de tossir ou espirrar, o ideal é cobrir não com as mãos (que são vetores importantes de contaminação), mas sim como o antebraço, como na foto ao lado. 

E aí, vamos colocar essas dicas em prática, em casa e na escola?

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Qual talento seu filho esconde?



Um pequeno observador da natureza hoje, tanto pode ser um poeta ou um cientista amanhã. E talvez você só seja feliz se deixá-lo ser livre pra escolher ser os dois, ou nenhum dos dois.

Quando estava grávida do nosso primeiro filho, gostávamos de conversar sobre os ensinamentos que passaríamos a ele. Nada muito elaborado: eu queria que o pai ensinasse a gostar de futebol, jogar botão, plantar bananeira debaixo d’água. Ele gostaria que eu ensinasse os nomes das flores, amar filmes clássicos e apreciar frutas. Nessa nossa brincadeira de casal estávamos falando, sem saber, dos talentos apreciados mutuamente e de como desejaríamos que essa nossa capacidade de contentar-se com pequenas coisas fosse passada aos nossos filhos, como herança genética. Mas, será que isso a gente consegue, como pais, ensinar aos filhos os nossos talentos? O talento como habilidade física ou intelectual, acho que não. Tenho amigos esportistas que lamentam a falta de habilidade de seus herdeiros com a bola. E não só lamentam, mas esbravejam na beira da quadra da escola, dando uns berros indecentes como se fossem técnicos do filho! Conheço músicos que não se cansam de oferecer aos filhos novos instrumentos, de sopro, de corda, de percussão, na expectativa que uma hora, de algum deles, saia um dó-ré-mi. E conheço gente como eu, que tem tanto horror de achar que está pressionando os filhos a descobrirem sua vocação, que foge das escolinhas de esporte, das aulas de iniciação musical, dos cursos personalizados para crianças.

Desconfio que erramos todos, na abordagem. Talento é aquele que nasce com a gente, sim. Mas tem o talento que desabrocha depois. Aquela habilidade que vai se revelar em um momento de precisão, de melhor oportunidade, e que pode ser até que precise de espaço próprio para aparecer. Longe dos pais. A cantora Maria Rita, filha da Elis Regina, já tinha uma voz espetacular aos 15 anos, quando a conheci, mas pavor de cantar. Soltou a voz anos depois, primeiro em outro país, longe das comparações com a mãe famosa, em paz para permitir que seu talento desabrochasse. Outra coisa é a vocação da alma, o espírito humano, o talento como dom. Nesse caso, acredito que nós, pais, podemos (e devemos) direcionar a herança. Mostrar-lhes como descobrir seus talentos em pequenas coisas, suas marcas pessoais pela vida afora.
 A Bruna, por exemplo, é uma observadora nata. Faz um caminho de carro uma vez e consegue decorar detalhes da paisagem com precisão. Digo a ela que é meu GPS particular. E ela fica tão feliz e acredita tanto nisso que se aperfeiçoa espontaneamente. Seu talento para observar, quem diria, hoje em dia ajuda na hora de fazer uma redação, que fica muito mais rica em descrição. Detalhe: a Bruna não gosta de escrever, mas gosta de desenhar. E vejo que pode descobrir, no tempo dela, como seu dom com tintas e pincéis pode ajudá-la com letras e palavras. O que a gente não sabe, quando confabula sobre o futuro dos filhos, é o quanto temos a aprender com eles, primeiro no presente também.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Denuncie....Não sejamos omissos....

Porque será que é tão difícil denunciar quem maltrata ? Quando a pessoa que espanca  é conhecida..de repente uma pessoa querida, muito próxima, mãe , sei lá...então, fica muito mais complicado e os mal- tratos 
vão se estendendo podendo levar a morte, e não podemos deixar de ressaltar que a morte do intelecto e do psicológico já aconteceu, de fato.
Ontem eu recebi uma ligação de alguém que queria entender como proceder em caso assim, sendo que a vítima é um adolescente de 12 anos. A pessoa relatou que o menino quer muito ir pra casa dos avós e os avós não vêem a hora de estar com ele...de abraçar, acarinhar, de poder repassar valores que até então, estão muito distantes e irreais.
Então expliquei passo a passo algumas alternativas que impediriam disso voltar acontecer. Mas a pessoa , não quer denunciar, não quer repassar endereços, nomes, enfim.
Fico eu agora pensando quem pode ser esse menino, como ele está nesse momento, e se de fato é real ou se é um quesito conflito familiar gigante onde os avós paternos querem o neto a qualquer custo.
Bom, não saberei, ao menos por hora. Deixei a porta aberta pra uma nova conversa e repassei telefones dos Conselhos Tutelares, de conselheiros amigos, de delegados amigos, enfim, deixei-o a vontade esclarecendo todas as garantias de direitos desse adolescente. 
Mas quero aqui salientar a importância de se denunciar. Somos todos responsáveis por tudo que acontece com criança e adolescente independentemente se somos ou não próximos ou parentes. Somos cidadãos e devemos zelar pela garantia de direitos. Isso tudo é esclarecido no artigo 70 do ECA ( Estatuto da Criança e do Adolescente) e de modo algum podemos ficar na berlinda, omissos, já que omissão também é Crime.
Bora lá minha gente, tenhamos coragem e façamos denuncias para que possamos proteger quem de fato merece proteção.
Bom Dia!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


Prorrogadas as Inscrições para Concurso Boas Práticas Contra Trabalho Infantil...
Acessem o site abaixo.
http://www.promenino.org.br/Default.aspx?TabId=77&ConteudoId=4e41dedb-3cb2-470b-b227-901736077d55


Créditos: Night thing
Foram prorrogadas para 28 de fevereiro de 2013 as inscrições do Concurso Boas Práticas para a prevenção e erradicação do Trabalho infantil e proteção do Trabalho Informal Adolescente na América Latina. O evento é organizado pela Rede Latino-americana contra o Trabalho Infantil, iniciativa da Fundação Telefônica em parceria com a OIT, que fomenta a disseminação de conteúdo, a mobilização, a articulação e a formulação de propostas de ações e de políticas que combatam a exploração do trabalho precoce.
O concurso pretende “trazer metodologias e experiências positivas que provoquem as organizações, para que elas possam utilizar dessas práticas, de acordo com a realidade de cada país”, explica o coordenador da Rede, Fu Kei Lin. “O objetivo da Rede é que a temática e as experiências ganhem maior divulgação e amplitude para que cheguem às organizações e governos”, conta.
Para participar, é necessário estar cadastrado na Rede LACTI ou fazer download dos formulários, preenchê-los e enviá-los por e-mail. A possibilidade de participação é ampla. Qualquer instituição pública ou privada de âmbito nacional, regional ou local, organizações de classe/sindicatos, empresas, organizações não governamentais, centros de pesquisa, fundações, empresas de comunicação, organismos internacionais com presença regional e agências de cooperação bilateral que tenham desenvolvido iniciativas dirigidas à prevenção e erradicação do trabalho infantil em qualquer país(es) da América Latina.
Os organizadores do evento consideram uma boa prática toda experiência que tenha sido efetiva na prevenção e erradicação destas práticas, além de possuir características que, em parte ou em sua totalidade, possam ser replicadas em outros contextos e situações. As experiências finalistas serão publicadas na Rede LACTI e na plataforma do IV Encontro Internacional Contra o Trabalho Infantil que acontece entre julho e agosto de 2013, no Brasil.